terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Festas Felizes

A VOZ DOS PROFISSIONAIS DOS CNO

Antes de iniciar o meu tema, queria enaltecer e deixar uma palavra de grande admiração e apreço, pelo trabalho, empenho e paciência, que as equipas no seu todo realizam, desde Coordenadores, Técnicos de Diagnóstico e Encaminhamento, Profissionais de RVC e Formadores, que por esse país trabalham, e na nobreza que estes Centros Novas Oportunidades podem assumir para o crescimento deste país como um país mais valorizado e mais consciente das suas capacidades.

Os Adultos ao longo do seu percurso de vida vivem experiências de vária ordem - profissional, familiar, social e cultural e que se constituem como fontes de saber e resultam em aprendizagens, tornando-se necessário o seu reconhecimento e valorização.. Ao promover-se a identificação e o reconhecimento dos saberes e aprendizagens dos adultos, nos vários domínios da sua vida, possibilita a transferência e a adaptação das competências a outros contextos, sejam eles profissionais ou outros.

O balanço de competências constitui-se como um espaço de memórias e de procura de respostas a interrogações, que permite identificar competências e mobilizá-las em situações presentes e futuras. Ao evidenciar todos estes conhecimentos e competências estamos a dar-lhes um sentido, uma utilidade. Assim com o balanço de competências efectuado em contexto de RVCC os adultos tornam-se mais habilitados e consequentemente mais empreendedores no seu desenvolvimento profissional/formativo e fazem valer as suas competências. Como tal, constroem no presente, o futuro, com a memória do passado

No exercício das nossas funções, os profissionais de RVC, procuram adoptar várias posturas: a de motivador, de acompanhamento, de orientação e de educador, e que poderá alterar-se em função da fase do processo ou até mesmo pelo que é solicitado pelos Adultos. E estas diversas atitudes surgem aquando da necessidade de explicitarmos o Processo e o que lhe está subjacente, quando esclarece dúvidas, quando ouve e escuta a narração do percurso de vida do adulto, na construção do seu Portefólio Reflexivo de Aprendizagens, quando o incita a reflectir sobre o seu passado e a perspectivar os projectos de futuro e quando finalmente o ajuda na tomada de consciência da existência de um património que carrega consigo e que até aquele momento não o valorizava.

E quando assumimos esta postura de orientação está realmente a desempenhar o seu papel principal: a de facilitador e de apoio no caminho que o Adulto está a descobrir. E porquê é que a equipa deverá assumir este papel? Porque o que está na base de tudo é o percurso de vida do adulto, os seus interesses, as suas motivações, os seus projectos, algo muito precioso que temos de respeitar, e ao fazê-lo, estamos a valorizar o Adulto.





Nessa valorização há um apoio e ajuda, e como diz Bouëdec : “apoia e ajuda mas não se coloca no lugar do adulto, “não dirige os acontecimentos, ou seja, o actor principal é o adulto

O profissional de RVC quando assume uma postura de acompanhamento manifesta uma atitude de valorização do outro, de escuta positiva e empática, como referem Hennezel e Montigny “entre as qualidades de bases de um bom acompanhante, eu insisto sobre a humildade, a autenticidade, a espontaneidade, a generosidade, a abertura de espírito, o respeito pela diferença, a escuta empática, e a capacidade de suportar os silêncios”

A experiência enquanto Profissional de RVC tem sido extremamente gratificante. Passei a fazer uma leitura mais profunda de cada pessoa que cruza diariamente o meu caminho. Ao olhar, ao ouvir e ao observar os outros de forma mais atenta, apercebo-me agora, mais do que antes, do real significado dos conhecimentos que possuem. Acredito que a simplicidade de um gesto nos dá uma representação fidedigna da pessoa que temos à nossa frente porque ver é mais do que olhar, escutar é diferente de ouvir e observar é conseguir descobrir mais do que aquilo que as palavras possam expressar. Tenho aprendido muito com estas pessoas que me dizem que desconheciam a importância do seu percurso profissional ou pessoal e das competências que estes lhes conferem.

A surpresa da descoberta do que cada pessoa transporta em si, a riqueza de cada trajecto por ela percorrido e o contacto directo com pessoas é estimulante e incentivador para dar continuidade a um trabalho que é desgastante mas muito enriquecedor.

Não gostaria de terminar, sem antes referir, da importância da emergência destas novas profissões integradas nos CNO, da necessidade do nascimento de uma actividade profissional, que para benefício de todos os que participam neste processo, deve ser definida e baseada num suporte legal. Importa clarificar e definir as regras éticas e deontológicas pelas quais se devem orientar

Obrigada a todos.


Lisete Brito (Profissional RVC) e a Equipa
do Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária de Loulé

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Júri de RVCC


No passado dia 9 de Dezembro o nosso Centro promoveu mais duas sessões de júri de RVCC (uma de nível Básico e outra de Secundário), em que atingiram os seus objectivos mais 8 adultos que connosco fizeram o seu percurso de certificação/qualificação.
Distribuíram-se em igual número pelos dois níveis (B3 e Secundário), e, como é normal nesta ocasião, manifestaram todo o seu contentamento em concluir um processo que para todos constituiu o atingir de um sonho mais ou menos adiado, conforme a idade de cada um, e a abertura de novas perspectivas para o futuro, porque é possível que alguns não se fiquem por esta certificação.
Quanto a nós, a equipa técnico-pedagógica do Centro, igualmente nos sentimos felizes e orgulhosos por este sucesso dos adultos e pela qualidade do seu trabalho.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Feira da Serra/2010



Decorreu nas instalações do Pavilhão de Exposições do NERA (ExpoAlgarve) mais um evento deste certame que anualmente em Dezembro se desenrola no concelho de Loulé.
Mais uma vez o nosso Centro esteve representado no evento, num stand com o nosso expositor de promoção, no sentido de divulgar e incentivar os visitantes a melhorarem as suas qualificações escolares e/ou profissionais.
Não temos, de momento, a noção do retorno da nossa acção, mas temos a consciência de que a intenção foi válida, porquanto ainda há no nosso concelho muitas pessoas adultas que não possuem a escolaridade a nível do Ensino Secundário.
Por lá passaram quase todos os elementos da nossa equipa técnico-pedagógica, no atendimento aos visitantes, dando testemunho da importância da actividade e da sua disponibilidade para ocupar parte do seu fim-de-semana de descanso.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

1ª INICIATIVA “NOVAS OPORTUNIDADES CULTURAIS”

A Educação de Rita, Lewis Gilbert (1983 - 106m)


SINOPSE

Rita (Julie Walters), uma cabeleireira aborrecida com a sua vida e com a pressão do seu marido para que tenham filhos, inscreve-se num curso universitário de Literatura determinada a mudar a sua vida. Aí conhece Frank Bryant (Michael Caine), o professor de Inglês com quem desenvolve uma profunda relação.
Ao mesmo tempo que Frank vai observando a radical transformação de Rita, a sua própria vida também embarca numa aventura, ao descobrir que se está a apaixonar por Rita, enquanto se deixa afundar nas profundezas do alcoolismo.

No dia 2 de Dezembro, pelas 20h, no Auditório da Escola, foi levada a cabo a primeira iniciativa do projecto “Novas Oportunidades Culturais”. Os participantes, maioritariamente adultos dos processos EFA e RVCC, aderiram, com entusiasmo, à projecção do filme “A Educação de Rita”.
A iniciativa obteve um balanço positivo, já que a sala estava praticamente cheia e os adultos reagiram criticamente, manifestando a sua opinião e tecendo os seus comentários no debate realizado após o filme, que pretendeu ser um momento de reflexão crítica, levando os adultos à análise dos seus objectivos de aprendizagem, vivências e dificuldades dentro das temáticas sugeridas (educação, família, alcoolismo, crescimento, entre outras).
Mais iniciativas se encontram programadas que, esperamos, obtenham tanto sucesso como esta.
Agradecemos a vossa participação e contamos com a vossa presença nas próximas iniciativas no campo da leitura, tradições e teatro.
Catarina Bento e Cristina Pereira